O controle de férias dos funcionários é uma tarefa importante do departamento pessoal das empresas. Além de garantir que não haja nenhum passivo trabalhista (como a necessidade de pagar em dobro o valor de férias por ter vencido o período concessivo) você também mantém a transparência da organização com os funcionários – item muito importante na motivação de talentos.
Pensando nisso, desenvolvemos este artigo que apresentará 8 passos para melhorar o controle de férias dos funcionários. Além disso, também listamos uma série de dicas práticas para que você tenha mais facilidade ao realizar esse processo na sua empresa.
Ficou interessado em todas essas informações? Então siga a leitura e confira!
Antes de criar o controle, verifique se existe um histórico pronto. Caso não exista, você deverá criar um.. Solicite na sua contabilidade ou para quem fecha a sua folha de pagamento um histórico detalhado dos períodos de férias gozados por seus funcionários.
De preferência, solicite um arquivo com as seguintes informações por período de férias concedido (efetivamente descansado pelo funcionário):
Esses dados são muito importantes, pois se os funcionários não gozarem das férias no período previsto em lei, a empresa pode ser acionada judicialmente e ser alvo de processo trabalhista por parte dos colaboradores com vencimentos atrasados.
Com a reforma trabalhista, recentemente aprovada, as férias podem ser divididas em até três períodos. No entanto, nenhum deles pode ter duração inferior a cinco dias corridos e, pelo menos, um deles deve ser maior do que 14 dias corridos.
Vale destacar ainda que a divisão das férias nesses períodos pode ser negociada entre o patrão e os colaboradores, mas não pode ser imposta pelo empregador. É preciso que o acordo seja adequado para ambas as partes, por isso a importância do diálogo.
Funcionários menores de 18 e maiores de 50 anos, que não podiam ter suas férias divididas, com a nova legislação deixam de ser exceção e podem ter o período parcelado assim como os demais grupos.
Mesmo assim, você pode querer definir políticas diferentes dentro da sua empresa. Por exemplo, que as férias não possam começar em uma sexta-feira (pela lei, as férias precisam começar em um dia útil).
Estabeleça as políticas e escreva em um local onde todos os funcionários tenham acesso. Se você tiver um manual de integração, coloque a política de férias descrita lá.
A partir daí, crie uma planilha que controle todas as solicitações de férias. Lembre-se que cabe a empresa definir o período em que o funcionário sairá de férias, por isso, você poderá recusar as férias sempre que fugir da política, mas, claro, desde que siga a legislação.
Deixar todas essas informações às claras é importante para que todos os colaboradores entendam que nenhum colega está sendo privilegiado e que todos recebem o mesmo tratamento, por meio de uma comunicação transparente e um relacionamento que preza pelo bem-estar coletivo.
Lembre-se também de consultar a convenção coletiva do sindicato dos funcionários para verificar se há alguma política específica para a categoria. Afinal, existem algumas regulamentações que dizem respeito a apenas alguns setores.
Para evitar “dores de cabeça” durante o período de férias dos colaboradores na empresa, é absolutamente fundamental que as férias sejam estabelecidas, sempre, de acordo com a demanda interna da sua organização.
Uma papelaria que atinge o ápice de vendas entre os meses de janeiro e fevereiro, por conta da grande procura por material escolar durante o retorno dos estudantes às aulas, por exemplo, será muito prejudicada se resolver conceder férias a seus vendedores nessa época do ano.
O ideal, nesse caso, é que as férias ocorram em outros meses ao longo do ano. Preferencialmente, aqueles nos quais a demanda no estabelecimento é menor e que, consequentemente, há menos circulação de clientes na loja.
Esse foi apenas um exemplo, no entanto, seu princípio é perfeitamente aplicável a qualquer organização, independentemente de seu porte ou segmento de atuação, uma vez que em todas as áreas há períodos nos quais a demanda de trabalho é maior do que em outros, necessitando o time completo para a plena execução das tarefas.
O setor de recursos humanos deve definir prazos para que os funcionários apresentem os seus pedidos de férias. Desse modo, a organização terá o tempo suficiente para projetar o impacto que as ausências causarão em seu processo produtivo.
É possível abrir uma espécie de edital para que todos comuniquem os períodos nos quais gostariam de gozar suas férias. Após todos informarem as datas desejadas, a empresa pode criar um calendário, obviamente, dentro de suas possibilidades, e torná-lo público para todos os funcionários da empresa
Similarmente, é importante estabelecer um diálogo franco e aberto com os colaboradores sobre o assunto, pois, é natural que muitos prefiram tirar férias no verão ou em datas festivas, por exemplo. Como você certamente já sabe, nem sempre isso será possível. Isso significa que é necessário estimular a compreensão mútua das diferentes necessidades e fomentar a empatia entre a equipe profissional.
Em situações assim, caso você não atue no comércio, é possível se programar para tirar férias coletivas no fim de ano, que pode ser de uma semana ou quinze dias. O restante dos dias pode ser retirado individualmente por cada funcionário, no decorrer do ano, conforme as solicitações que forem realizadas dentro do prazo preestabelecido.
Quando um funcionário sai de férias, é necessário que alguém assuma as suas atividades para que a empresa não tenha prejuízos no atendimento ao cliente ou nos processos produtivos durante a ausência.
Por isso, antes de sair de férias, o colaborador e seu supervisor devem definir qual ou quais colegas ficarão encarregados de suas funções. Assim, se for necessário, essas pessoas podem ser treinadas e preparadas com antecedência.
O ideal é que esse treinamento seja feito com pelo menos 15 dias de antecedência, para que o substituto esteja completamente apto para as funções provisórias, sem ter que deixar de executar atividades importantes da empresa por conta de despreparo ou desconhecimento.
Outro cuidado que deve ser tomado quando alguém sai de férias é evitar a sobrecarga nos setores. Afinal, o colaborador que assumir as funções do colega que está em férias não poderá deixar de fazer aquilo que já é sua obrigação, sendo realizado assim um acúmulo de funções.
Uma ideia interessante para empresas de pequeno e médio porte que tenham poucos colaboradores e que querem evitar a sobrecarga nos setores é a contratação de funcionários temporários.
Desse modo, se existem seis funcionários que precisam gozar de férias, por exemplo, pode ser contratada uma pessoa para trabalhar temporariamente apenas pelo período que os demais precisam se ausentar, evitando assim o acúmulo prejudicial de funções. Em alguns casos, se houver demanda após o término das férias, o colaborador substituto pode ser até mesmo efetivado dentro da empresa.
Outra solução para essas substituições pode ser a contratação de estagiários, no caso de empresas que contam com o trabalho de estudantes que dedicam seus estudos à área de atuação da organização.
Engana-se quem pensa que apenas as grandes empresas podem ter um software que auxilie nos procedimentos de RH e departamento pessoal, como o controle de férias dos funcionários.
Atualmente, existem opções de programas que são de excelente qualidade e desenvolvidos para atender justamente a esse nicho de público, facilitando o dia a dia e as rotinas administrativas do pequeno empresário.
Além do controle de férias, esse tipo de ferramenta também é muito útil para o cálculo das folhas de pagamento, gestão de admissões e desligamentos, melhorar a comunicação entre os colaboradores, distribuir os holerites ou folhas de pagamento etc.
Finalmente a terceirização de serviços pode simplificar o trabalho, já que você não é responsável pelo controle dos funcionários, e pode focar no seu negócio.
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